Com o intuito de gerar recomendações para orientar o tratamento farmacológico de pacientes com COVID-19, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia elaboraram conjuntamente diretrizes terapêuticas. O processo de elaboração contou com o apoio metodológico de pesquisadores do Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital Sírio-Libanês e foi fortemente fundamentado nos achados dos estudos científicos realizados até o momento e na avaliação da qualidade dos métodos empregados nestes estudos. 

As diretrizes avaliaram as evidências científicas sobre a eficácia e segurança do uso de diversas tecnologias, dentre as quais o uso de hidroxicloroquina (ou cloroquina), isoladamente ou em associação com azitromicina, lopinavir/ritonavir, oseltamivir, tocilizumabe, corticosteroides, heparina em doses de anticoagulação como tratamento de rotina e a utilização de antibacterianos de forma profilática. Considerando a ausência de comprovação de eficácia e a evidência de riscos associados a estas tecnologias, as diretrizes trazem recomendações contrárias ao seu uso. Recomendações favoráveis (fracas ou fortes) incluíram a utilização do oseltamivir em pacientes com suspeita de coinfecção por influenza em casos graves ou fatores de risco, a utilização de heparina em doses profiláticas em pacientes hospitalizados e a utilização de antibacterianos em pacientes com suspeita de infecção bacteriana.

O documento será disponibilizado brevemente na íntegra em periódico científico e nos sites das sociedades médicas envolvidas. 

Acesse aqui o PDF da versão que já está disponível:  https://cutt.ly/0yThkOL

Veja o quadro-resumo com as principais recomendações: